POLYPODIACEAE

Melpomene peruviana (Desv.) A.R.Sm. & R.C.Moran

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Melpomene peruviana (POLYPODIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

149.410,503 Km2

AOO:

84,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre nos estados Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro (Labiak; Hirai, 2012), Paraná e Santa Catarina (CNCFlora, 2012)Os registros botânicos indicam que a espécie ocorre em altitude entre 1600 m (Matos, F. B., 170, MBM 333112) e 2700 m (Labiak; Prado, 2005).Apresenta limite meridional de distribuição até a Argentina e Chile (Labiak; Prado, 2005).Na Argentina a espécie ocorre a 3500 m (Sota; Pazos; Ponce, 2000) e no Peru a 4200 m (Smith et al., 2005).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?É uma espécie encontrada de Minas Gerais a Santa Catarina, em diferentes formações de Mata Atlântica. Apesar de ocorrer em regiões comintensa pressão antrópica, essa espécie forma densos agrupamentos. Devido ao grande número de coletas, incomum para esse grupo de pteridófita,suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie éconsiderada como menos preocupante em relação ao risco de extinção (LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Salino; Almeida; Viana, 2009)Campos de altitude
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Registros botânicos indica que a espécie é rupícola. Um espécime foi encontrado em fenda de rocha, sombreada e úmida, em afloramento rochoso no alto do morro (Matos, F. B. 170, MBM 333112). A espécie parece ocorrer em grande amplitude de luminosidade, pois também foram encontrados registros da espécie em locais abertos de campos de altitude, com hábito heliófita (Braga, J. M. A., 3886, RB 536969) (CNCFlora, 2012)A espécie é de pequeno porte(máximo 12 cm de comprimento), forma densos agrupamentos em floresta montanhosa da Mata Atlântica (Condack, 2006)Na Argentina a espécie foi observada como epífita em florestas montanas, sobre rochas, onde foi observada juntamente com musgos, líquens e samambaias do gênero Elaphoglossum. Trata-se de uma das pteridófitas que vivem nas maiores altitudes (Sota; Pazos; Ponce, 2000)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ, a vertente Norte esta fortemente ameaçado a incidência de incêndios, uma vez que as correntes de vento úmidas ficam retidas na vertente Sul. A estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola e queda de balões. Em 2004, um incêndio iniciado fora da área do parque provocou a queima de 250 ha. Em 8 anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 há nas áreas do Parque e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, ocupação desordenada e extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanette et al. 2009)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff e Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600ha), 2004 (600ha) e 2007 (800ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
Em setembro de 2001 foram detectados 485 focos de incêncios no Parque Nacional do Caparaó e 10 municípios adjacentes, destruindo a floresta nativa e áreas de pastagem. Em 2000 a área de queimadas aumentou 40% em relação ao ano anterior. Mesmo assim na região aumentaram tanto o número de licenças para plantação de cana-de-açúcar e pastagem, como do número de multas por queimadas ilegais (CEPF, 2001)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Extinta, lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação: Parque Nacional do Caparaó, ES, Parque Nacional do Itatiaia e Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ (CNCFlora, 2011)